terça-feira, 17 de setembro de 2013

Carta Aberta ao Ministro da Saúde - Preservativos Femininos

Carta Aberta ao Ministro da Saúde - Preservativos Femininos

Recife, 16 de setembro de 2013.


Senhor Ministro,

Neste 16 de setembro celebra-se o Dia Global do Preservativo Feminino. A data, instituída em 2011, serve como catalisadora de ações educativas e de incidência política pela promoção deste insumo, ainda distante da realidade da maioria das mulheres em todo o mundo.

Disponível nacionalmente na rede pública desde 2000, até hoje o preservativo feminino não conta com uma estratégia estruturada de promoção e distribuição. Em 2012, após o completo desabastecimento do insumo por dois anos, o Ministério da Saúde anunciou a compra de 20 milhões de preservativos femininos.

No entanto, os antigos desafios permanecem. Continuamos a observar um baixo investimento institucional, em todas as esferas de poder, na divulgação e promoção dos preservativos femininos como estratégia de prevenção de ISTs, da transmissão do HIV e da gravidez indesejada. Os preservativos femininos estão virtualmente fora das campanhas educativas e não é raro encontrar profissionais de saúde que se abstêm de seu papel de promotores deste insumo, ou que continuam a restringir sua distribuição a grupos específicos, como profissionais do sexo e mulheres vivendo com HIV ou cujos parceiros sejam soropositivos.

É preciso, urgentemente, superar os obstáculos ao acesso, garantindo o abastecimento permanente e suficiente do insumo, a interiorização de sua distribuição ao longo do estado, a realização campanhas de divulgação de suas vantagens e uso correto e a atualização continuada e permanente dos e das profissionais de saúde para que ofereçam e orientem com naturalidade, sem julgamentos e sem cientificismos, sobre o uso correto do preservativo feminino.

Os preservativos femininos são poderosos aliados para a prevenção e o prazer. Eles dão autonomia, empoderam e protegem as mulheres. Não podemos mais aceitar que se justifique o baixo investimento institucional na promoção e acesso dos preservativos femininos através de uma suposta baixa procura das mulheres por eles nos serviços de saúde. É o inverso: as mulheres precisam saber de sua existência e vantagens para que possam acessá-los. Assegurar o acesso aos preservativos femininos é respeitar e cumprir com os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres.

As décadas de promoção massiva dos preservativos masculinos trouxe resultados imensuráveis para a saúde de toda a população. O mesmo, com planejamento e compromisso, pode ser atingido em relação aos preservativos femininos, e é isto o que esperamos ver acontecer em nosso pais.

Cordialmente,
Gestos – Soropositividade, Comunicação e Gênero

C A S A S D E A P O I O


C A S A S  D E  A P O I O

Santo Antônio (Para Homens)
Ladeira do Ascurra, nº 186 - Cosme Velho – RJ
Tel.: 2205-8794
É necessário fazer o cadastro no Banco da Providência
Rua Francisco Eugênio, nº 348 - São Cristóvão - RJ
Tel.: 2254-8361/2568-7912

Casa de Apoio Água Viva
Rua Buritizal, Casa 01 – Sepetiba
Tel.: 2543-9355/3477-6277/34776577 (Adalgisa) 2240-4168

Casa de Apoio Omobiri (Para Mulheres)
Rua Caminho do Triunfo, nº 02 – Sepetiba
Tel.: 3317-6348

Viva Meu Jovem
Rua projetada, nº 03 - casa 30 - Santa Cruz - RJ
Tel.: 9198-5322

Sagrado Coração de Jesus (Para Mulheres e Crianças)
Av. Santa Cruz, nº 1125 - Bangú - RJ
Tel.: 2332-9993
É necessário fazer o cadastro no Banco da Providência
Rua Francisco Eugênio, nº 348 - São Cristóvão - RJ
Tel.: 2254-8361/2568-7912

República da Vida (Para Homens e Mulheres)
Rua São Luiz Gonzaga, 1395 - Casa 18 - São Cristóvão - RJ
Rua Av. Evaristo da Veiga, 

Sociedade Viva Cazuza (Para Crianças)
Rua Pinheiro Machado, 39 - Laranjeiras
Tel.: 2551-5368 - Fax: 2553-0444

Fundação Santa Bárbara (Para Crianças)
Tel.: 2571-0137/2549-7626

Casa Maria de Magdala (Para Pacientes Terminais)
Estr.: Washington Luiz, nº 1956/fundos – Sapé – Niterói
Tel.: 2616-3365  ou 2616-2233 ou 9955-6029

Casa de Apoio Hiv-Vida
Av. Oswaldo Mendonça de Campos, Q. 126 - Lote 14
Marambaia - São Gonçalo - Tel.: 2601-4111

Casa de Apoio Perseverança – Barra do Pirai
Rua Tiradentes, 160 - Centro

Grupo Fraternidades – Barra Mansa
Rua José Marcelino de Camargo, 1913 - Centro
Tel.: (24) 2322-2919 ou (24) 9215-9359

Lar Esperança – Cabo Frio
Rua governador Valadares, 345
Tel.: (24) 2647-1723 - Cel.: (24) 9817-2606

Oficina do Amor - Cabo Frio
Tel.: (22) 2644-0115

Casa de Apoio Irmãos da Solidariedade - Campos
Rua Santo Antônio, 44 – Guarús
Tel.: (22) 2722-9979 ou 2735-4513


Casa Vihver – Volta Redonda
Tel.: (24) 3347-4141/3343-3910

Casa de Apoio Associação Viver - Itaperuna
Rua Assis ribeiro, 536 - Centro
Tel.: (24) 2822-0471

Casa Betânea
Tel.: 2224-5560


Quais delas ainda estão abertas????????????????

Reprodução assistida em brasileiras têm sucesso em 73% dos casos

Edição do dia 10/09/2013
10/09/2013 10h05 - Atualizado em 10/09/2013 10h05

Reprodução assistida em brasileiras têm sucesso em 73% dos casos

Relatório da Anvis mostrou também que, no Brasil, taxa que mede a capacidade de embrião evoluir chega a 93%, maior do que a internacional.

EDNEY SILVESTRE Rio de Janeiro, RJ
O Brasil é um dos países com melhores resultados no mundo em reprodução assistida, segundo um relatório divulgado pela Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Mas o sonho de ser mãe, com a ajuda da medicina, ainda é para poucas mulheres. O tratamento é caro e no serviço público há longas filas de espera.
Ter filhos parecia impossível para Luciana. A causa: endometriose, uma obstrução na trompa. O impossível foi vencido pela ciência: há quatro anos nasceram seus gêmeos Giovana e Bernardo.
“Depois de ter filhos, a gente não consegue imaginar como seria sem eles”, diz Luciana da Costa.
Os meninos são resultado de reprodução assistida, uma técnica em que a medicina brasileira tem sucesso em 73% dos casos, segundo a Anvisa. Essa esperança no bom resultado anima a médica Andrea Barbosa. “Eu gostaria de ter dois, mas com um eu já fico bem feliz”, declara Andrea Barbosa, médica.
As chances de Andrea são boas: no Brasil, a taxa que mede a capacidade de o embrião evoluir, chega a 93%, maior do que a internacional, que é de 80%.
Um especialista em fertilização explica porquê. “Isso é resultado de um esforço, de educação continuada, de frequencia em congressos internacionais, pesquisa e muita vezes colaboração com médicos de fora e universidades de fora”, diz Marcio Coslovsky, ginecologista.
Cinco milhões de crianças nasceram, no mundo, por reprodução assistida, aquilo que durante muito tempo foi chamado de inseminação artificial. No Brasil, 300 mil crianças nasceram por esse método. Mas quem quer ser mãe e depende do serviço público de saúde, enfrenta dificuldades.
Enquanto mais de 90 clínicas particulares tratam da reprodução assistida, as clínicas que fazem procedimento pelo SUS são apenas nove. Uma delas, em Natal. A maternidade pertence à Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Oitocentos casais estão cadastrados. Os primeiros procedimentos devem começar até o final deste mês.
Por enquanto, o sonho de engravidar ainda está distante para muitas famílias. O processo custa de R$ 10 a R$ 12 mil. Os remédios, na maioria importados, podem significar mais R$ 5 mil.
O Ministério da Saúde informou que desde 2005 executa a Política Nacional de Atenção Integral à Reprodução Humana, e que no fim do ano passado, destinou R$ 10 milhões para a reprodução assistida em hospitais conveniados ao SUS.
 
 Jucimara Moreira
Representante Estadual do MNCP/RJ
Colegiado da RNP+Brasil
(21)2518-3993 Grupo pela VIDDA/RJ
       87672478 Oi
       72309596 Vivo
       68748237 claro
      69216112  tim
 
Twitter: @maracidada

 
 

Que tem aids não pode esperar


Que tem aids não pode esperar

George Gouvea é psicanalista e vice-presidente Grupo Pela Vidda-RJ




Por George Gouve

Houve uma época que a frase mais contundente usada pelo movimento de aids era “quem tem aids tem pressa”. Parece que hoje testemunhamos, melancolicamente, que a pressa virou um item de menor categoria, esquecida e abandonada. A solidariedade, que alicerçava todas as ações do movimento hoje parece desidratada e sem viço. Há poucos dias alguns se indignaram contra o edital do concurso da Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro. A petição eletrônica no site da AVAAZ recebeu pouco mais de 300 adesões, mesmo com toda a divulgação em nossas listas de e-mails.

Os espaços de discussões são importantes, por motivos óbvios, mas a sopa de letras que se transformaram estes espaços não tem surtido o efeito desejado. Continuamos vivendo as agruras de uma epidemia descontrolada, com 12.000 mortes e 40.000 novas infecções anualmente. O governo censura as campanhas de prevenção, asfixia financeiramente as organizações com exigências impossíveis de atender, enquanto testemunhamos a orgia do uso dos recursos públicos nos jornais cotidianamente.

Faltam médicos, leitos, remédios para doenças oportunistas e efeitos colaterais; referência e contrarreferência são piadas de mau gosto. Consultas de 15 minutos e marcadas com meses de distância, exames que demoram mais que o triplo do tempo de um laboratório privado. Ameaça da descentralização do atendimento aos soropositivos, deslocados para a atenção básica sem uma profunda discussão. Enfim, a desconstrução de tudo que foi erguido com muita luta, sacrifícios, ativismo e vidas perdidas.

Sobre o movimento inerte e acuado, o Departamento de Aids (Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde) adota uma política biológica no enfrentamento da epidemia, desconsiderando os aspectos sociais da mesma. Antirretrovirais mais modernos, testagem e cobertura de tratamento estendida para os soropositivos com 500 de CD4 são, inegavelmente, medidas importantíssimas, mas que sozinhas não bastam para enfrentar a epidemia.

Um quadro pintado com as faces de quem sofre retrata de maneira triste a realidade da epidemia de aids neste País, que exige de todos os atores uma retomada da indignação, pois quem tem aids não pode esperar!

George Gouvea é psicanalista e vice-presidente Grupo Pela Vidda (Valorização, Integração e Dignidade do Doente de Aids) do Rio de Janeiro

http://www.agenciaaids.com.br/artigos/interna.php?id=428